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Orientações gerais sobre recursos e ferramentas para o Ensino Remoto Emergencial para docentes e gestores

Inicialmente, cabe informar que o esforço de compilação abaixo está construído a partir de dois movimentos. O primeiro constituído pela análise de alguns dados, obtidos a partir de levantamento por questionário para a elaboração de diagnóstico de uso e demandas de tecnologias digitais realizada pela UFJF com docentes, discentes e TAEs, no contexto de suspensão de calendário em consequência da pandemia de COVID-19. Já o segundo vem de experiências compartilhadas com Professores de outras IPES sobre suas experiências na implantação e desenvolvimento do estudo remoto emergencial (ERE).

Neste sentido, e desde já, faz-se necessário o agradecimento a diversos professores de diversas instituições de ensino e organizações, tais como: UFF, UFRJ, UFPB, UFRR, UFPA, Fiocruz, UNED, e UABpt, que colaboraram com informações e sugestões durante a elaboração desse material e, em ato contínuo, continuam a enviar e compartilhar suas contribuições. Assim, e com base nesta análise, foi possível identificar pontos em comum nos dois movimentos, no que se refere às ações relativas ao ERE, tais como:

  1. Priorizar ações para manter alunos conectados com os conteúdos;
  2. Manter vínculo institucional dos alunos, evitando abandonos diversos, de temporários – como trancamentos de matrículas – até a evasão;
  3. Caracterizar o ensino remoto emergencial (ERE) como algo temporário, deixando livre a escolha do docente por meios que ele mais domina e, assim, diminuir a pressão de criação de ambientes e priorizar tempo para a concepção da aula remota;
  4. Permitir conteúdo downloadable (que podem ser “baixados” e acessados off line) e mediações assíncronas para alunos com acesso restrito à internet;
  5. Capacitar docentes para aulas e mediação para grandes grupos (grandes salas), especialmente caso haja a ameaça de não haver monitoria capaz de realizar a mediação em conjunto com o docente;
  6. Refletir sobre conteúdos capazes de serem oferecidos neste período e criar plano para complementação posterior – particularmente em casos onde há aulas práticas, com impossibilidade e dificuldade de reprodução do docente no ERE;
  7. Ter atenção com acessibilidade do material, visto o número de alunos com deficiências;

Ainda, percebe-se um contingente razoável de docentes e discentes em grupos de risco. É possível inferir, pelas pesquisas, que os professores optem por uma combinação de aula síncrona com aula assí Ou seja, combinar streaming de vídeo com aula em tempo real e aula gravada, repositório de material didático para download, e atividades interativas, em tempo real ou não.

Em interações acadêmicas com outras IES, entende-se que converter a atividade docente presencial, em um momento de isolamento social, para um ensino remoto emergencial on-line, é um desafio para a grande maioria dos professores. Embora não seja uma atividade impossível de ser realizada, ela deve contar com suporte institucional e, independentemente da experiência prévia, com a liberdade de autoria de suas aulas em meios digitais de seu domí

Explica-se que o conjunto de tabelas apresentado a seguir é um estudo em andamento (a apresentação na forma de tabelas segue padrão da UC/UK, para melhor visualização de um grande tema) que visa a um trabalho de organização de informações extras e curadoria de materiais disponíveis, em sua maioria, em hiperlinks. Assim, é um trabalho em constante atualização com ajuda de diversas IPES, solidárias nesse momento. Nas abordagens de ensino e aprendizagem, objetivou-se dar ênfase a quatro elementos que se julga serem essenciais ao ERE e se enquadram nas pesquisas junto aos docentes: a aula, seja síncrona ou assíncrona; os materiais didáticos; as atividades; e a mediaçã O docente, portanto, fica livre para fazer uso das ideias, documentos, links e recursos apresentados, preferencialmente combinando-os, da melhor forma que assim entender, para concepção, planejamento, e implementação de sua disciplina. Algumas considerações devem ser feitas para melhor uso desse estudo:

  1. As tabelas foram construídas com uma lógica onde sempre se inicia pela abordagem de ensino e aprendizado. Depois, caminha-se para uma explicação de seu uso no ERE. Em seguida, são apresentadas soluções digitais, como plataformas, softwares e aplicativos que possibilitem a implementação de tal tema, bem como a institucionalização da ferramenta e a capacidade de suporte do CEAD para essas sugestões. Na sequência, há uma apresentação de recursos de acessibilidade;
  2. Como englobam também um trabalho de curadoria, as tabelas proporcionam uma leitura para além de seu espaço, abrindo recursos e possibilidades no ambiente da internet, trazendo sugestões, ebooks, tutoriais, etc. Assim, a leitura não é, necessariamente, linear, e oportuniza ações de pesquisa e desdobramento das propostas quanto às abordagens de ensino e aprendizagem apresentadas;
  3. O docente deve optar pela combinação de soluções de ensino e aprendizagem digitais com a qual tiver maior familiaridade¸ garantindo o direito de autoria e liberdade de cátedra. A ideia é gerar opções de escolha ao docente sobre uma combinação de aulas, disponibilização de matéria, proposição de atividades e realização de mediação;
  4. Alerta-se que, oficialmente, a UFJF disponibiliza e garante suporte à plataforma Moodle, gerida pelo CEAD. A abertura de turmas no Moodle deve ser solicitada ao CEAD-UFJF pelo e-mail suporte.cead@ufjf.edu.br. Recentemente, em chamamento público, o Google Classroom também está disponível para os professores da UFJF, em contas @unidade.ufjf.br. As solicitações de abertura de contas Google devem ser realizadas por este site. Nessa última plataforma, caberá ao docente a autonomia para o planejamento e execução de suas disciplinas, bem como sua gestão. Procurou-se, nas demais soluções, por aquelas gratuitas no momento ou opensource;
  5. Aconselha-se, em uma mesma unidade, debate sobre espaços de ensino e aprendizagem diferentes dessas três plataformas, no momento da pandemia. Pede-se atenção aos alunos que também precisam se familiarizar com os diversos espaços que serão utilizados;
  6. Diferente das disciplinas presenciais, em que apenas o tempo em sala de aula é contabilizado, no Ensino Remoto Emergencial on-line, o tempo para realização das atividades, a leitura de textos, e assistência dos vídeos obrigatórios deve contar como elemento na carga horária total da disciplina, independe de atividades extras ou complementares previstas no programa;
  7. Em momentos síncronos, úteis para a interação, orienta-se para que se incentive debates, esclarecimento de dúvidas, e resolução de problemas, entre outras atividades. Ressalta-se que, independente da ferramenta utilizada, câmeras desligadas tornam a transmissão mais leve e acessível a discentes com acesso à internet em menor velocidade. As aulas teóricas expositivas podem (e devem) virar videoaulas assíncronas, disponíveis no espaço de ensino e aprendizagem escolhido. Da mesma forma, é importante a gravação das atividades síncronas e posterior disponibilização aos alunos que não conseguiram participar ao vivo;
  8. No que se refere à mediação, o professor deve se fazer presente no espaço de ensino e aprendizagem escolhido, ofertando mediação a seus alunos. Acesse em horários combinados, pelo menos uma vez por dia, todas as salas. Os docentes devem, como em uma aula presencial, interagir com os alunos, dar suporte às dúvidas e ajudar em tarefas. Pede-se paciência redobrada nos primeiros dias e que sempre garantam um tempo para a ambientação na sala;
  9. No que tange o planejamento de atividades, orienta-se para que se atente que nem todas as atividades presenciais poderão ser oferecidas em modo remoto, principalmente as práticas. Nos casos possíveis, evite o uso de apenas um tipo de atividade e incentive a colaboração, importante nesse momento de isolamento. Os alunos devem trabalhar juntos na construção do conhecimento. Para isso, é fundamental criar atividades que promovam a interação entre os alunos, tais como fóruns de discussão e desenvolvimento de projetos em grupos. Procure também utilizar diversas pequenas atividades avaliativas ao longo da disciplina, todas com feedback;
  10. Particularmente no Moodle, o envio de tarefas em PDF pode facilitar a correção, posto que se evita o download do documento postado no computador do professor. A visualização se dá na própria plataforma e a correção pode ser realizada com o editor interno à plataforma;
  11. A autoria discente e plágio são conceitos que precisam ser discutidos e considerados na formação. Há diversas ferramentas de verificação, inclusive integráveis às próprias plataformas disponíveis. Mas a melhor estratégia é se utilizar de questões e problemas não diretamente obtidos por meio de buscas no google, que forcem a autoria do discentes.

 

Abordagem de ensino e aprendizagem Sugestão para ERE Softwares e Aplicativos Institucional UFJF Suporte CEAD Considerações de Acessibilidade
Aulas Assíncronas (Videoaulas)

(Cartilha da UFLA sobre Direito Autoral

As aulas assíncronas (videoaulas) acontecem quando há um processo de gravação e disponibilização de material audiovisual aos alunos para acompanhamento e observação em tempo diferente de sua gravação.

 

Podem, por exemplo, compor aulas assíncronas (videoaula) uma gravação de vídeo do professor, com ou sem os seus slides, a apresentação contínua de slides com narração, a gravação de um visualizador de documentos (câmera de captura de documentos), ou ainda, uma combinação entre esses exemplos.

 

Veja aqui orientações para gravação de vídeos com celular ou webcam da ENAP e da UFSCar

Criação de Vídeo:

BBB;

OBS Studio;

Youtube Studio;

Powerpoint Recorder;

Google Apresentações;

Google Meet (veja esse tutorial Primeiros Passos da InovaEh/SEaD/UFScar;

Screencastify (uma extensão do Google Chrome)

TexMaker (aplicação para exatas),

Jamboard (possibilita tela interativa)

 

Publicação de Vídeo:

Moodle;

Youtube (veja esses tutoriais da UFSCar;

Google Classroom (Centro de aprendizagem do G Suite do Google)

Google Drive.

 

(veja aqui tutoriais da UFF, principalmente para o Google Classroom);

Vídeos que forem criados no OBS Studio e Youtube Studio podem ser acrescidos de legendas ou tradutor de libras (Suite VLibras ou Hand Talk, melhor explicadas no tópico sobre Material Didático)

 

No OBS Studio ainda podem ser assinalados capítulos e marcas de favoritos.

 

O PowerPoint 365 agora tem um recurso para captura de legendas a partir da fala de apresentação.

 

No Google Apresentações, existe a compatibilidade com a lupa dos sistemas operacionais, bem como suporte a leitor de tela e impressão de braille (equipamento de terceiros).

 

Powerpoint 365 e Google Apresentações têm recursos de acessibilidade que podem ser utilizados durante o compartilhamento de tela.

 

O BBB e o mConf suportam gravação de vídeo-aula e disponibilização no Moodle contam com os recursos de acessibilidade do AVA;

 

O Google Meet contém suporte para geração de legendas em tempo real;

 

Veja aqui o Guia para Produções Audiovisuais Acessíveis do Ministério da Cultura

 

Aulas Síncronas (Webaulas)

(Cartilha da UFLA sobre Direito Autoral)

As aulas síncronas (webaulas) acontecem quando há uma transmissão para os alunos, em tempo real, de um recurso audiovisual gerado pelo professor. Ocorre como um streaming de vídeo ou uma live.

 

Podem, exemplificando, compor aulas síncronas (webaulas) uma apresentação do professor no estilo live, uma apresentação de slides com narrativas, o compartilhamento de tela, a visualização de documentos, ou uma combinação dos elementos apresentados.

 

Grave sempre sua webaula para recuperação posterior por parte dos alunos que não puderam acessá-la em tempo real. Disponibilize como um streaming de vídeo em uma sistema como um canal Youtube, por exemplo, para facilitar visualização em acessos de internet com baixa velocidade e evitar download de grandes arquivo pelos alunos.

 

Streaming de Vídeo (webaula)

Moodle via BBB ou mConf;

Google Meet;

Youtube Studio;

Instagram (limite de 1h para lives);

Jamboard (possibilita tela interativa)

Zoom (a conta gratuita tem restrições de número de pessoas e tempo).

 

Publicação de Vídeo:

Moodle;

Youtube;

Google Classroom

Google Drive.

 

(veja aqui tutoriais da UFF, principalmente para o Google Classroom);

Idem aulas Assíncronas
Material Didático

(Cartilha da UFLA sobre Direito Autoral)

Disponibilize material, preferencialmente para download, em um espaço de repositório escolhido para armazenamento e compartilhamento on-line.

 

Evite documentos muito grandes, para facilitar o download.

 

Dê preferência a documentos tipo PDF que permitem abertura no próprio navegador, facilitando o uso de smartphones.

 

Para controle de acesso, a maioria dos repositórios têm opções para verificação de quem acessou determinado conteúdo.

 

Aos usuários de macOS, evite formatos privativos da Apple, não acessados por outros aplicativos abertos, opensource.

Sugestões de Repositórios:

Moodle: possui controle de acessos a materiais – um sistema de gestão acadêmica onde o professor consegue verificar quais estudantes acessaram determinado conteúdo;

 

Google Drive: a partir de um drive compartilhado é possível armazenar diversos arquivos; os documentos gerados pelo G Suite e demais softwares e aplicações.

O professor pode acompanhar quem acessou o material pelo controle de compartilhamento; integrável com o Google Classroom e Moodle;

 

Além das facilidades de acessibilidade dos sistemas operacionais mais utilizados, há:

Suite VLibras: conjunto de ferramentas utilizadas na tradução automática do português para Libras, para uso no computador, em navegadores e em dispositivos móveis. As ferramentas estão disponíveis gratuitamente;

Hand Talk: traduz texto e áudio do português para Libras, disponível gratuitamente no Google Play e App Store;

 

Boas Práticas Para a Produção de Documentos de Texto Acessíveis a Converter para PDF da Universidade Aberta de Portugal;

 

Orientações para criação de documentos acessíveis no Microsoft Word, da UNIRIO;

Suporte da Microsoft para documentos Word terem mais acessibilidade

 

Dicas de configurações de acessibilidade para leitores de tela no Adobe Acrobat Reader DC do IFRS;

 

Dicas de como criar documentos digitais acessíveis no Word, Powerpoint e PDF, do IFRS;

 

Melhores práticas para PDFs acessíveis, da WPT;

 

Para o Libre Office: Ajuda de Acessibilidade;

 

Para o Office: Guia de Acessibilidade da Microsoft

Atividades Interativas

(Cartilha da UFLA sobre Direito Autoral)

Aconselha-se elaborar atividades interativas em um espaço de ensino e aprendizagem on-line, e que permitam interação entre professor e alunos, bem como entre alunos.

 

As atividades interativas podem observar diversos formatos, inclusive acessível por dispositivos móveis, como, por exemplo: questionários com respostas, textos de autoria coletiva, vídeos entremeados com questionários, envio de arquivos e fotos, avaliação por pares, entre outras possibilidades.

 

6 dicas adaptadas do material de Proposição de Atividades Online, da UNED, Espanha:

a. Avalie quais atividades você planejou que os alunos possam continuar realizando autonomamente e entregando no espaço de ensino e aprendizagem, considerando as condições de acesso de seus alunos;

b. No caso de atividades em aula síncrona, considere as possibilidades que você tem de adaptá-las à realização em um tempo on-line síncrono e posterior entrega no espaço de ensino e aprendizagem, de forma assíncrona.

c. O espaço do fórum também é uma boa fonte de atividades que não precisam ser realizadas de forma síncrona e que permitem uma análise detalhada da contribuição e do funcionamento de cada aluno, com base em suas propostas. Repare que o fórum não é apenas para perguntas e respostas. Promova debates – como em uma sala de aula – para que haja emersão de conhecimento pela interação entre os participantes.

d. Não deixe de fora as atividades de aprendizagem colaborativa ou em grupo, pois são uma boa experiência a ser realizada pelos alunos em ambientes on-line e permitem que eles desenvolvam habilidades de trabalho em equipe mediadas por tecnologias.

e. Em um espaço on-line, são possíveis atividades com simuladores, laboratórios virtuais ou remotos. Busque ferramentas que possibilitem esses recursos.

f. Defina atividades, experiências e desenvolvimentos com base em diretrizes e instruções de execução, comportamento, operação e avaliação muito claras. Defina instruções e regras e as explicite claramente.

Moodle: Tarefas com envio de documentos, questionários com correções automáticas, fóruns de debates, laboratório de avaliação que permite avaliação por pares, textos com autoria colaborativa com a ferramenta wiki, etc. Permite acompanhamento de atividades, lançamento de nota e integração com o SIGA. O BBB está integrado ao Moodle para aula via web.

 

H5P: Permite, no Moodle, uma série de atividades interativas com os alunos. Veja aqui o Manual do H5P da UFSM. Há vários tutoriais disponíveis na internet, como a série da EnsineOnline (aqui apresentamos o vídeo 1).

 

Google ClassRoom: Permite uma série de atividades (veja vídeo disponibilizado no curso da ENAP) do Google for Education e partir do G Suite e demais Apps compatíveis: documentos de autoria compartilhada (textos, apresentações e planilhas, por exemplo); questionários diversos (Google Formulários), tela interativa com o Jamboard; fóruns de debates; etc. Permite, ainda, separação em grupos de estudo. Veja nesse site alguns vídeos explicativos. É integrável com o Google Meet.

 

O Zoom também permite Enquetes, mas apenas na versão paga. Veja aqui vídeo sobre essas atividades.

 

Seja criativo. Há diversas aplicações na internet que ajudam na preparação de atividades. Alguns exemplos:

Dotstorming, Kahoot (outro tutorial), Mentimeter (tutorial), Quizlet, Quizizz, Trello, Coogle, Mindmeiter, XMind, GoConqr, Infogram, Vengance (mapa mental – veja tutorial) etc.

 

Algumas dessas ferramentas são pagas mas estão com acesso para educação liberado durante a pandemia. Veja esse tutorial para Ferramentas para a Web 2.0 da InovaEh/SEaD/UFScar

Veja aqui o e-book sobre “20 Ferramentas Digitais” de Thais Fragelli

 

E ainda:

a. Material desenvolvido pela UFPB sobre Educação e Novas Tecnologias, parte do material pertencente ao curso de Tecnologias e Metodologias Ativas da UFPB

 

b. Livro ”As ferramentas digitais mais populares em sala de aula”, disponível em link da UFPA.

Valem as considerações já feitas nos itens anteriores.

 

Mediação Entendendo mediação como função pedagógica e intelectual essencial ao processo de ensino e aprendizagem online, além de seu papel social, técnico e de gestão, destacamos contextos em que a mediação se distingue no ERE em favor de uma melhor experiência de aprendizagem e de avaliação.

Mediação do conteúdo: requer presença constante do docente no espaço de ensino e aprendizagem e pode ser realizado em fórum de dúvidas, em aulas síncronas com debates, em respostas a perguntas previamente enviadas e respondidas em aulas gravadas, em podcasts etc.

 

Mediação em atividades: ocorre em situações de colaboração com e entre alunos, e requer que o docente preveja ações de intervenção à luz de objetivos de aprendizagem pré-estabelecidos de forma a fomentar sua consecução. Em um fórum de discussão, por exemplo, deve haver uma condução do debate para que o conhecimento emerja em uma construção coletiva, evitando respostas um-a-um – mas sem deixar os alunos “soltos”, fomentando as interações entre participantes, sem antecipar respostas, alinhavando as contribuições individuais em um fechamento de construção coletiva. O sucesso da estratégia está diretamente relacionado ao bom planejamento da atividade.

Mediação para avaliação (veja olivro do IFSC sobre “A avaliação na EAD”): ocorre como facilitador da avaliação formativa (realizada ao longo do processo de ensino e aprendizagem, a tempo de tomar decisões instrucionais que o aperfeiçoem esse processo), a partir do acompanhamento do desenvolvimento do aluno, da diferenciação de perfis de aprendizagem e da oferta de feedback e soluções de aprendizagem individualizadas. Ocorre, ainda, no âmbito da avaliação somativa na medida em que a mediação instrumentaliza o diagnóstico do resultado de aprendizagem apresentado por um aluno ao final de uma unidade curricular ou semestre letivo.

Mediação social: envolve a criação de um ambiente social amigável e confortável no qual os alunos sentem que a aprendizagem é possível além de ações permanentes de monitoramento e resgate de alunos em risco, estreitando relações entre todos os integrantes de uma comunidade de aprendizagem virtual em rede.

Mediação de gestão: envolve o estabelecimento e o acompanhamento de agendas para as ações e tarefas previstas, o esclarecimento de procedimentos e de normas de decisão em um cenário de familiaridade, conforto e competência no âmbito das tecnologias que integram o ambiente de aprendizagem do ERE.

Moodle: Oferece várias opções de mediação, desde mensagens individuais, mensagens a alunos com características específicas (de nota, participação, desenvolvimento, etc.), mensagens em grupo, chats, postagens de videoaulas, podcasts, além de espações para feedbacks em todas as atividades contidas na plataforma. Há, ainda, um sistema de gestão da aprendizagem unificado, integrado ao siga, para o acompanhamento de participação, de notas e desenvolvimento, permitindo envio de mensagem.

 

Google ClassRoom: Oferece várias opções de mediação, desde mensagens individuais a mensagens em grupo. O professor pode acompanhar o andamento das atividades e enviar mensagens a grupos específicos. Possui chats, postagens de videoaulas, podcasts, e feedbacks em atividades. Há, ainda, um sistema de gestão da aprendizagem unificado para o acompanhamento de participação, de notas e desenvolvimento, permitindo envio de mensagem.

 

Aplicativos como o Zoom, o Loom, e outros mensageiros síncronos e assíncronos (como WhatsApp, Telegram, Slack, etc.) podem ajudar na mediação do

Valem as considerações já feitas nos itens anteriores.
Prof. Anderson Belli Castanha, CEAD-UFJF. Adaptado de formato de UC/UK e UNED.

 

*Observações:

Lembrem-se que não é necessário, todo o tempo, o uso de material autoral do docente. Há vários materiais de qualidade disponíveis na Internet, na forma de Recursos Educacionais Abertos (REAs), entre eles o eduCAPES, o Guia de Repositórios REAs da Fiocruz, o RELiA, o Guia da Wikiversity, o Guia da Universidade Aberta de Portugal, o Scielo Livros, Simulações Interativas para Ciência e Matemática da Universidade de Colorado Boulder, o Matemática Multimídia da Unicamp, etc. Indica-se o uso de recursos licenciados pelos vários tipos de licença Creative Commons. Inclusive fotos e ilustrações são sujeitas a estas licenças. Use sempre materiais autorais ou de sites que autorizam o uso para fins não-comerciais. Caso esteja realizando buscas no Google, utilize a opção “Pesquisa Avançada” e ajuste os “Direitos de Uso” para “Sem restrição de uso”. Caso esteja realizando buscas no Youtube, após a pesquisa, clique em “filtro” e ajuste os “Direitos de Uso” para “Sem restrição de uso”.

 

Dicas da ENAP para o Ensino Remoto Emergencial (EGV, 2020)

Finalizando este esforço de compilação, seguem abaixo alguma “dicas” emanadas da ENAP, no intuito de contribuir para com a implementação do Ensino Remoto Emergencial, por parte dos docentes:

 

Planeje sua aula remota

Não é fácil transferir automaticamente o conteúdo de uma aula presencial para uma aula remota. Antes de tudo, é necessário identificar quem é o seu público-alvo, qual o contexto institucional ao qual ele está vinculado e os objetivos de aprendizagem que devem ser atendidos. É importante reconhecer que parte do aprendizado depende de uma conexão que é criada entre os professores e os participantes de um curso, e entre os próprios participantes. Nem sempre é automático criar essa conexão utilizando-se de estratégias de ensino remotas. Por isso, mesmo que a distância, não se esqueça de planejar algumas atividades para quebrar o gelo e engajar seus alunos.

 

Mantenha a atenção dos participantes

É fácil imaginar que em casa os aprendizes possuem várias fontes de distração. Então, é importante construir estratégias para manter a sua atenção. Deve ser destacada a relevância da aprendizagem, buscando conhecer e corresponder às necessidades dos participantes. É importante associar os conteúdos às suas experiências prévias. Devem ser proporcionadas escolhas aos participantes e cobrada responsabilidade pela sua própria aprendizagem (FILATRO, 2018).

 

Crie estratégias de engajamento

Tanto para as atividades síncronas, quanto para as assíncronas, busque intercalar as estratégias de ensino – aprendizagem. Use slides e incentive o uso do chat para comentários. Use o whiteboard (quadro branco digital) compartilhado para que os participantes possam interagir com a aula. Incentive a criação e compartilhamento de mapas mentais digitais e atividades de brainstorming.

 

Diversifique as estratégias de ensino

Nas atividades assíncronas, além dos tradicionais artigos e livros indicados como referências bibliográficas, utilize vídeos, videoaulas, músicas, peças, filmes, podcasts. Além disso, sempre que possível, devem ser pensadas atividades baseadas em metodologias ativas (que estimulem a autonomia do aluno, envolvendo-o na aprendizagem por descoberta, investigação ou resolução de problemas) e metodologias imersivas (como por exemplo, o uso de estudos de caso).

 

Planeje a duração das atividades

Uma dúvida comum de qualquer professor que precise organizar aulas remotas é como estimar a duração das atividades de aprendizagem. Não há uma resposta fácil e automática para essa dúvida… Mas não se esqueça de estabelecer intervalos.

 

Vamos usar a criatividade?

Lembre-se que pessoas aprendem de formas diferentes. Algumas pessoas preferem ver, outras ouvir, outras ler. Então, que tal diversificar? Variar o recurso no qual o conteúdo está inserido ou discutido (vídeo, artigo, fórum, podcast, infográfico) possibilita atender diferentes estilos de aprendizagem, além de tornar o curso mais interessante e sem espaço para monotonia! Considere também ferramentas para criação de mapas mentais e outros recursos gráficos de exposição de ideias e conhecimento.

 

 

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